Este projeto familiar enraizado na homenagem à herança secular de respeito pela natureza e inovação desta adega está a consolidar o prestígio dos vinhos da Região de Lisboa.
Cada vinho da Adega d’Arrocha conta uma história que reflete a paixão pela terra, o cuidado com as vinhas e a autenticidade em cada etapa da vinificação. Ao degustá-los, é possível apreciar a expressão do terroir, a riqueza da tradição e a dedicação da família Rato, cujo amor pela viticultura passou de geração em geração. Hoje, o negócio passa pelo contributo multidisciplinar dos vários elementos, que honram o passado enquanto constroem um presente e um futuro de qualidade e distinção.
Na companhia da All Aboard Family, fomos visitar este paraíso vinícola que oferece uma paisagem fantástica, com vista para o campo e o mar. Na Adega d’Arrocha, respira-se proximidade e genuinidade, brindando-se a momentos inesquecíveis com vinhos e experiências únicas.
Com o aumento da produção, surge a necessidade de construir uma nova adega e, em 2021, o sonho concretiza-se com o início da construção da Adega d’Arrocha. Embora enfrentando desafios, a família tinha a inabalável certeza de saber que estava a “produzir algo com muita tradição” fiel ao “esforço dos antepassados”, com “o envolvimento de toda a gente e motivada por esta paixão de ver crescer um projeto que fazia todo o sentido para nós e para o contexto onde nos encontrávamos: mostrar que somos da Região dos Vinhos de Lisboa, uma região que produz vinhos excecionais”, diz Ricardo Guimarães.
Apesar do crescimento da produção, a Adega d’Arrocha continua a afirmar-se como um pequeno produtor, cujo compromisso é “acompanhar os vinhos, a sua evolução e o seu estágio de uma forma muito pormenorizada, com todo o cuidado e carinho”, conclui.
Ao longo de todo o nosso projeto, há uma coisa que é notória: o orgulho que temos na região onde estamos
E se o vinho Valmitão tem o nome de uma praia da Lourinhã, já o rótulo Carlotas tem origem no apelido dos avós, sendo uma justa homenagem ao muito que dois irmãos fizeram pela viticultura.
Também na nova marca premium lançada recentemente, Adega d’Arrocha, o rosé Vestido Rosa conta algo que marcou a família: quando a Vera tinha quase 2 anos, caiu num tanque com vinho, conta-nos Ricardo, “e a minha sogra olhou para dentro e viu a ponta de um vestido rosa”. Reanimada pelo pai, a história teve um final feliz. Hoje, o nome do vinho é uma ode à mãe e mulher que lhe deu a vida e que a salvou.
A influência atlântica, a brisa marítima, as baixas amplitudes térmicas, a humidade adequada e os solos argilo-arenosos criam as condições ideais para vinhos elegantes, com mineralidade e salinidade.
Quanto às vinhas, explica o enólogo, foram tidas “em conta as características dos terrenos e o perfil de vinhos que queríamos. Para os mais frescos, plantávamos as vinhas mais expostas; para os tintos complexos, aromáticos e estruturados, recolhíamo-las mais.”
No que concerne a castas, apesar do vasto leque da maior qualidade, sempre foi dada primazia às autóctones da região. Daí a aposta na reabilitação da Vital, originária da Lourinhã.
Na Adega d’Arrocha, é praticada uma agricultura sustentável, as colheitas continuam a ser manuais e as uvas criteriosamente selecionadas. A própria disposição da adega foi pensada ao pormenor para aproveitar os ventos, as águas das chuvas ou os raios solares. Aqui, o vinho continua a ser feito com amor, inspirado pela tradição e no respeito pela natureza.
A alma da Adega d’Arrocha: Ricardo Guimarães está certo de que “a família, a proximidade e a forma humilde e generosa com que nos debruçamos neste projeto” tornam os vinhos e as experiências vividas na Adega d’Arrocha tão especiais. É com as pessoas que esta família partilha a sua paixão e a sua vontade de surpreender.
A sugestão da Adega d’Arrocha: Para quem não conhece os vinhos aqui produzidos, o enólogo aconselha a “fazer uma viagem, começando pelos nossos entradas de gama para perceber toda a evolução em termos de complexidade: dos vinhos mais consensuais aos mais desafiantes.”
O vinho rosé é incontornável, mas, para uma festividade, Ricardo sugere o Adega d’Arrocha Vinhas Velhas, um ex-líbris com castas de 1970.
Já para harmonizar com a bela caldeirada servida ao almoço, marcaram presença os brancos da gama Adega d’Arrocha – 100% Arinto, Vital e Arinto e o Vinhas Velhas – com muita salinidade, mineralidade e frescura.
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